O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) lançou nesta quarta-feira (10) o aplicativo IDR-Tamaríxia na ExpoLondrina. O evento contou com a participação de produtores, técnicos, pesquisadores e lideranças do setor agropecuário. Ferramenta pode ser baixada de graça na loja de aplicativo dos celulares.
Desenvolvido por pesquisadores e especialistas do setor de tecnologia de informação do próprio IDR-Paraná, o app oferece a técnicos e produtores orientações para a distribuição adequada da vespinha tamaríxia, um inimigo natural usado para reduzir a população do psilídeo, o inseto vetor da bactéria causadora da doença nos pomares de citros.
O Paraná tem cerca de 30 mil hectares cultivados com cítricos, o que inclui a produção de laranja, tangerina e limão. É a principal fonte de renda da fruticultura paranaense.
“É uma ferramenta muito importante para o enfrentamento do greening e proteção dos nossos pomares. Falta suco no mundo e temos espaço para aumentar nossa produção”, afirma o secretário de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Anacleto Ortigara.
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A distribuição da vespinha tamaríxia é uma estratégia de manejo biológico adotada em zonas produtoras de citros de todo o mundo para complementar outros métodos de controle do greening, como a aplicação de inseticidas para combater o psilídeo, erradicação de plantas doentes, implantação de quebra-vento, plantio de mudas sadias e adensamento de plantio.
O IDR-Paraná vem produzindo e liberando tamaríxias desde 2016, trabalho desenvolvido em parceria com a Cocamar Cooperativa Agroindustrial, Integrada Cooperativa Agroindustrial e Grupo Prates.
De acordo com o pesquisador Adriano Hoshino, ligado ao IDR-Paraná, nesse período foram distribuídas mais de 10 milhões de vespinhas, liberadas em 21 municípios da região Norte e 18 do Noroeste.
A liberação de tamaríxias é feita em pomares domésticos (tanto de áreas rurais como urbanas), plantios comerciais abandonados e nas cidades, sobretudo onde há plantas de murta, espécie ornamental que é uma das principais hospedeiras do psilídeo. “É feito dessa forma porque nesses locais não há aplicação de inseticidas e as vespinhas ficam protegidas”, explicou o pesquisador.
Entre as diversas funcionalidades do aplicativo, destaca-se a possibilidade de construir banco de dados e gerar mapas com o histórico de liberação em cada local.