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Cervos-do-pantanal são flagrados em unidade de conservação em Querência do Norte

Imagens dos animais foram capturadas por meio de armadilhas fotográficas do Comafen, que ficam espalhadas pelas reservas da região

Publicado em 30/06/2023 às 16:19
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Imagens registradas pelas armadilhas fotográficas do Comafen. (Foto: Divulgação/ Comafen)

Armadilhas fotográficas instaladas pelo Consórcio Intemunicipal da Apa Federal do Noroeste do Paraná (Comafen) em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) do extremo noroeste do estado, flagraram uma pequena população de cervos-do-pantanal, em uma unidade de conservação em Querência do Norte.

O biólogo Vinícius Maccarini, que atua como analista ambiental do Comafen, explica que o Consórcio tem três equipamentos destes, que são revezados nas 18 RPPNs da região e já registraram populações dessa espécies várias vezes.



"Acreditamos que sejam três cervos, um dos machos visita com frequência o lugar. Esses animais estavam bastante associados à ambientes aquáticos no Brasil, especialmente na região do Pantanal e também em outros países da América do Sul, mas a espécie sofreu um declínio por conta da caça, construções humanas, construções de barragens, com ocupação das áreas de várzea, que geralmente é o habitat desse animal", explica.

Ainda segundo o biólogo, populações pequenas de cervos-do-pantanal também já foram registradas pelos equipamentos em uma reserva em Santa Isabel do Ivaí.

"Pelo fato de termos uma população muito pequena em determinado local, tem também muita chance de se extinguir no futuro. Como temos poucos estudos na nossa região, especificamente com esse animal, não conseguimos ver a tendência dessa população, se está aumentando ou diminuindo. Mas sabemos que eles fazem uso recorrente das unidades da região", destaca.

Além dos cervos, que foram registrados nos dois últimos anos, diversos animais silvestres já foram flagrados nas reservas do noroeste pelas armadilhas fotográficas, os mais comuns, segundo Vinicius, são: cutias e tatus, mas há registros de emas, tamanduá-bandeira, onça-parda, catetos, jaguatirica, gato-maracajá, lobo-guará, garça-real e pacas.

Onça-parda

Gato-maracajá


Catetos


Garça-real

Ele também destaca que, por ser o refúgio de diversas espécies animais e vegetais, as Reservas Particulares do Patrimônio Natural são estruturas extremamente importantes para a biodiversidade.

" A RPPN é considerada uma área de proteção integral, uma área de vegetação nativa, no nosso caso de Mata Atlântica protegida por lei. Nesses locais, nós realizamos monitoramentos e o Instituto Água e Terra (IAT) também. Essas unidades são contempladas em legislação e recebem um financiamento do estado, por meio do qual é possível custear esses serviços de visitas técnicas e levantamento de fauna e flora que realizamos", ressalta o analista ambiental do Comafen.

Para transformar uma área de mata em uma RPPN, o proprietário precisa manifestar esse desejo e entrar em contato com o IAT. Ele deve enviar diversos documentos sobre a propriedade ao órgão e, se tiver tudo em conformidade com a legislação ambiental, o próximo passo será uma visita técnica do instituto para finalizar o processo.


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