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Convivência pacífica

IAT alerta para preservação de gambás no período de reprodução

Em Loanda, eles já foram capturados em casas, creches e no hospital municipal. A veterinária do Instituto fala sobre como conviver com eles pacificamente.

Publicado em 15/09/2023 às 15:58
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O convívio com os gambás pode ser pacífico desde que algumas providências sejam tomadas. (Foto: IAT)

Gambás já foram capturados em creches, casas e até no hospital municipal de Loanda, sempre virando notícia no Portal da Cidade. A situação chama ainda mais a atenção para a necessidade de uma convivência pacífica com esses animais, especialmente a partir desta época do ano, próximo ao início da primavera.

A transição dos dias mais frios para o início da temporada de calor coincide com o período de reprodução dos gambás, fazendo com que esses animais se tornem mais vulneráveis por se proliferarem muito rapidamente.

A médica veterinária do IAT, Fabiana Baggio, explica que, por causa da fase reprodutiva, as fêmeas ficam mais lentas por terem de carregar os filhotes em uma bolsa natural localizada na região do abdômen, os marsúpios, o que aumenta a probabilidade de serem vítimas de acidentes, especialmente durante o dia, quando saem em busca de alimentos, comumente em áreas urbanas.

“É o momento em que os gambás estão mais ativos em busca de parceiros, transitando em locais muitas vezes movimentados, urbanos. A população precisa entender que o mais importante é uma convivência pacífica, e que os espaços dos gambás sejam respeitados. Eles não atacam, não vão fazer mal nenhum”, destaca. “Reforço: é necessário prezar pela convivência pacífica”.


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Ela ressalta que esses mamíferos são essenciais para manter o equilíbrio do ecossistema, já que, ao se alimentarem de frutos, auxiliam na dispersão de sementes, o que contribui para o surgimento de novas árvores. Além disso, dentro do seu papel ecológico, se alimentam de espécies venenosas e peçonhentas como serpentes, escorpiões e aranhas, e tem a capacidade de comer milhares de carrapatos por semana.

CRIA

O programa Cuidados e Reabilitação Intensiva de Animais Silvestres (CRIA), ação de voluntariado do IAT, resgatou 83 gambás do ano passado. Todos encaminhados para tutores temporários e, depois de recuperados, devolvidos ao meio ambiente.

O IAT é responsável pela análise do retorno desses animais ao habitat natural. Para que eles consigam sobreviver na natureza é preciso que tenham mais de 18 centímetros de comprimento, com idade estimada de 13 a 14 semanas de vida, além de pesar mais de 400 gramas.


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COMO PROCEDER

O convívio com os gambás pode ser pacífico desde que algumas providências sejam tomadas. Normalmente, eles procuram locais fechados e protegidos, como forros e telhados de residências. A indicação é vedar esses locais para evitar que os animais entrem.

Outra forma evitar que sejam atraídos é não deixar alimentos disponíveis no quintal, como ração de cães e gatos; manter latas de lixo fechadas com cadeados; e não acumular lixo ou entulhos.

Em casos de acidentes, atropelamentos ou riscos de ataques por animais domésticos, o conselho é entrar em contato com a Secretaria de Meio Ambiente de seu município, com o escritório regional do IAT mais próximo da ocorrência ou, ainda, com o Corpo de Bombeiros.

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