No Dia Mundial do Livro, celebrado nesta terça-feira, 23 de abril, o Portal da Cidade destaca a obra biográfica e histórica, de Maria Christina de Mendonça Accorsi, de 86 anos, esposa de Ugo Roberto Accorsi, falecido em 2016. Ugo foi médico, pioneiro em Loanda, fundador do Hospital Santa Catarina, prefeito e vice-prefeito entre as décadas de 80 e 90. A escritora trabalha no livro, ainda sem nome e em fase de desenvolvimento, desde 2019.
A obra narra a trajetória do Dr. Ugo Roberto Accorsi, desde sua chegada em Loanda, em abril de 1954, até a construção e fundação do primeiro hospital de madeira em 27 de novembro de 1955. Além disso, aborda as mudanças ocorridas após 27 de novembro de 1964, quando o hospital foi reconstruído em alvenaria.
Primeiro formato do Hospital Santa Catarina em madeira
A narrativa de Maria Christina relembra uma Loanda dos anos 50 com dificuldades para criar os filhos, época em que a população não tinha acesso à luz ou água encanada e a única fonte de abastecimento vinha do Rio Taquara. Entre os relatos também estão presentes casos de doentes com urgências que Christina ajudou o marido a receber, quando a cidade não tinha hospital.
Início da reforma do hospital em alvenaria
"Sempre gostei de ler e de escrever sobre o que eu vejo e assisto. A leitura é muito importante. Antes de aprender sobre o mundo da internet, certamente devemos aprender a ler bem um livro", contou Christina, em entrevista ao Portal da Cidade.
Maria Christina e Ugo Roberto Accorsi
Segundo a autora, a motivação por trás do livro veio com a possibilidade de regionalização do hospital. Para ela, contar a história faz reconhecer o significado do que foi alcançado. Uma das curiosidades presentes na obra, é sobre o sonho de Ugo Accorsi em ter uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), algo que se tornará uma realidade com a ampliação que já iniciou.
"Um dia ele [Ugo Accorsi] escreveu em uma placa 'futura instalação de UTI, no mesmo local hoje as obras estão sendo feitas".
Embora ainda não haja previsão de publicação do livro, Maria Christina, que também escreve periodicamente em uma coluna de um jornal regional, afirma que seu papel neste contexto foi de muita assistência. "Recebíamos muitas pessoas. A casa estava sempre lotada, então minha vida foi dedicada a isso", conta.
